(Foto: internet)
A
Itália iniciou testes de uma candidata a vacina contra a covid-19 em humanos
nessa segunda-feira (24), juntando-se a um esforço global em busca de uma
reação ao vírus, que deu sinais de estar ressurgindo na Europa.
O Instituto Lazzaro Spallanzani, um hospital de Roma
especializado em doenças infecciosas, realizará testes com 90 voluntários nas
próximas semanas, na esperança de que uma vacina esteja disponível até a
primavera local do ano que vem.
Francesco Vaia, diretor de
saúde do hospital Spallanzani, disse à Reuters que o primeiro paciente será
monitorado durante quatro horas antes de voltar para casa, onde será mantido em
observação durante 12 semanas.
"Veremos se ele
apresenta algum efeito colateral e se produz anticorpos neutralizadores",
disse Vaia, acrescentando que a segunda fase dos teste acontecerá em
países com taxas de infecção mais altas, como México e Brasil.
"Se conseguirmos ser
rápidos, teremos as primeiras vacinas no mercado na próxima primavera",
acrescentou Vaia.
A potencial vacina,
chamada GRAd-COV2, foi desenvolvida pela ReiThera, uma empresa sediada em Roma.
A região de Lazio, no entorno da capital italiana, informou em comunicado que
testes iniciais, inclusive em animais, deram resultados positivos.
Várias vacinas em
potencial estão passando por testes em diversos países, como Índia, Reino
Unido, Rússia e China, enquanto cientistas correm para desvendar os segredos de
um vírus que surgiu há menos de um ano.
"As mentes e
pesquisas de nosso país estão a serviço do desafio global de derrotar a
covid", escreveu o ministro da Saúde, Roberto Speranza, no facebook ao
anunciar o início do teste.
A Itália, que soma mais de
35 mil mortes e é uma das nações europeias mais atingidas, viu a epidemia
atingir seu pico entre março e abril e depois aparentemente recuar, mas desde
então testemunhou uma disparada de casos novos – mais de mil foram registrados
no último fim de semana.
Outros países da Europa
viram aumentos ainda maiores, depois do relaxamento das restrições severas e
das medidas de distanciamento social impostas no começo do ano.
Por Yara Nardi - Repórter da Reuters – Roma - Fonte: Agência Brasil.