De acordo com o 36º Batalhão de Infantaria Mecanizado de Uberlândia, que foi chamado para recolher o artefato, o explosivo é uma granada de morteiro de 81 mm. Apesar do tamanho pequeno, o potencial destrutivo da bomba é considerável.

"Uma granada como essa bate uma área de 12 metros de diâmetro [mais de 100m²]. As granadas de morteiro são usadas por todos os Exércitos no mundo, inclusive no conflito Ucrânia - Rússia", explicou ao g1 o setor de Relações Públicas do 36º Bimec.

No caso da granada encontrada em Delta, a estimativa dos militares do Exército é que ela tenha sido montada há quase um século.

"Possivelmente é uma granada de morteiro de 81 mm usada na Guerra Constitucionalista de 1932. Nossa região foi palco desse conflito, principalmente a região limite entre Minas Gerais e São Paulo, próximo ao Rio Grande", acrescentou.

ENTENDA: A Revolução Constitucionalista foi um movimento armado liderado pelo Estado de São Paulo com o objetivo de retomar o poder democrático e a promulgação de uma nova Constituição, depois que Getúlio Vargas tomou o governo em 1930 e tirou a hegemonia paulista e mineira.

Ainda segundo o Exército, apesar de antigo, há o risco de o artefato explodir e ferir o casal.

"Qualquer cidadão que encontrar um artefato explosivo não deverá tocar no material. Deverá de imediato contatar um Órgão de Segurança Pública que irá acionar o órgão competente pra realizar os procedimentos de destruição do artefato explosivo", orientou a corporação.

Bomba encontrada em pescaria

Aos policiais, a mulher que encontrou a bomba disse que ela estava enterrada às margens do rio com uma pequena parte exposta. Ela e o marido lavaram o explosivo com a água do rio e decidiram colocar o objeto no carro e levá-lo.

Conforme o boletim de ocorrência, o explosivo foi colocado em uma mesa na varanda da casa. A Polícia Militar (PM) só foi chamada na segunda-feira (11) pela própria moradora, que começou a desconfiar que poderia se tratar de um explosivo.

Ao confirmar que se tratava de uma bomba, a PM pediu que os moradores deixassem o imóvel. Uma equipe do 36º Batalhão de Infantaria Mecanizada do Exército de Uberlândia foi para Uberaba para recolher o artefato.