(Foto: Internet )

Uma menina de 5 anos e um menino de 3 anos foram identificados em situação de abandono após tentarem comprar um bolo e duas latas de cerveja em um supermercado no Conjunto Alfredo Freire, em Uberaba, na quinta-feira (17).

Segundo a atendente do supermercado, eles chegaram no caixa com um cartão para realizar a compra. Ao perceber que ambos estavam sem o acompanhamento de nenhum adulto, a mulher começou a puxar conversa com as crianças, que explicaram a situação.

A menina contou que haviam ido buscar os itens para a tia que estava trabalhando e que ela e o menino estavam sozinhos em casa.

Diante da situação, a atendente acionou a Polícia Militar (PM), que acompanhou as crianças até a residência indicada por eles.

Situação da casa

Ao chegarem no local, os militares observaram que a casa estava totalmente aberta, livre para a entrada e saída de quem quisesse, não havia nenhum adulto responsável e a residência estava repleta de latas de cerveja e bebidas de fácil acesso dos menores.

Além disso, havia uma garrafa de whisky no chão do quarto de uma das crianças. A menina explicou que estavam com fome e sem nenhum alimento que pudessem consumir.

Vasculhando pela casa, os militares identificaram inúmeras roupas sujas e objetos espalhados, dando um aspecto insalubre para o local. Uma vizinha comentou que uma casa na mesma rua seria de um parente das crianças, mas mesmo chamando por diversas vezes, ninguém atendeu.

Tia detida

Quando estavam prestes a sair da residência, uma tia dos meninos chegou e disse aos policiais que havia saído apenas para comprar leite, mesmo tendo deixado as crianças sem supervisão por mais de 3 horas.

A mulher contou que, por volta das 6h45, havia recebido um áudio por WhatsApp da prima pedindo para que ficasse com as crianças porque não havia os levado para a creche. Contudo, ela não chegou a ir até a residência e saiu para fazer as compras de que precisava.

Diante dos fatos, a tia foi encaminhada para a delegacia por abandono de incapaz. As crianças foram levadas para o Conselho Tutelar que segue acompanhando o caso.

Fonte: G1 triângulo