Gambá na comida em presídio de Paracatu gera indignação e reivindicação por melhorias na alimentação
Boa Nova FM
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(Foto: Divulgação)
Representantes da Polícia Penal de Minas Gerais participaram de
audiência com a Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de
Minas Gerais nesta terça-feira (25) para tratar sobre melhorias nas refeições
servidas aos policiais e aos internos dos presídios. A situação ficou ainda
pior recentemente, quando um gambá foi encontrado junto à comida no refeitório
de Paracatu. O episódio, contudo, não foi o único a ser objeto de reclamação no
estado. Entenda.
A cena do gambá em meio à comida é a que mais chama a atenção
dentre todas as reclamações registradas pelos policiais penais mineiros. No
entanto, acumulam-se diversas reclamações de baratas, moscas e larvas por todo
o estado, assim como de comidas sem condições de consumo.
As queixas não são novas, mas denúncias continuam sendo
recebidas pela comissão, que já tratou do assunto em outras oportunidades. Os
casos mais recentes de más condições de higiene e transporte dos alimentos
foram relatados em unidades da Zona da Mata, em Juiz de Fora, e na região
Noroeste, em Unaí e Paracutu, onde aconteceu o episódio do gambá.
Luzana Moreira, presidente do Sindicato dos Servidores do
Sistema Socioeducativo do Estado, afirmou já ter presenciado larvas no feijão e
no peixe, sucos e café em péssimas condições e refeições que de tão azedas
foram recusadas pelos internos.
Segundo Jean Carlos Rocha, presidente do Sindicato dos Policiais
Penais do Estado, cerca de R$ 50 milhões são gastos por mês na compra de
alimentos para servidores e detentos, dinheiro que estaria indo para o ralo
devido à contaminação das marmitas.
Ele também reclamou da oferta de alimentos com baixo valor
nutricional e da suposta perseguição a agentes de segurança que denunciam os
problemas encontrados, mais especificamente na unidade de Paracatu onde o gambá
foi encontrado.
José Lino Esteves, presidente do Sindicato dos Auxiliares,
Assistentes e Analistas do Sistema Prisional e Socioeducativo, que também atua
como fiscal do contrato de alimentação na unidade em que trabalha, confirmou
ter encontrado diversas irregularidades no local onde os alimentos destinados à
instituição são processados, como ferrugem, sujeira e a presença de insetos.
Durante a reunião realizada na Assembleia Legislativa de Minas, também
foram apresentados requerimentos, para que sejam agendadas visitas ao
secretário e para que o diretor do presídio de Paracatu e o diretor da regional
a que ele está vinculado sejam convocados a prestar esclarecimentos sobre a
suposta intimidação de um servidor que denunciou a presença de um gambá na
comida.
Fonte: JP Agora
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