(Foto: Facebook/Meta/Divulgação)
A Meta, empresa proprietária
das redes sociais Facebook e Instagram, vai cortar mais 10 mil postos de
trabalho, após uma primeira onda de 11 mil demissões no início de novembro —
anunciou o CEO do grupo, Mark Zuckerberg, nesta terça-feira (14).
A gigante tecnológica com
sede em Menlo Park, na Califórnia, também eliminará de seu organograma 5.000
postos atualmente vagos, para os quais não haverá contratação, acrescentou
Zuckerberg, em um comunicado.
A lista de demitidos será
divulgada no final de abril e o plano de reestruturação será executado até o
final do ano. Com estas duas ondas de demissão, a Meta terá reduzido sua equipe
em 24%. Esta é uma virada na política da empresa, já que nos seus quase 20 anos
de existência o grupo não havia lançado nenhum plano de demissão.
Para Zuckerberg, a decisão é
justificada pela necessidade de "tornar a (Meta) uma empresa de tecnologia
melhor" e "melhorar os resultados financeiros em um ambiente difícil,
para conseguir realizar nossa visão de longo prazo".
O cofundador do Facebook e
líder visível da rede social alertou em fevereiro que 2023 deve ser "o ano
da eficiência" para a Meta.
Além de cortar empregos, a
empresa vai desacelerar o ritmo de contratações, acrescentou Zuckerberg, que
também planeja "cancelar projetos não prioritários". O grupo anunciou
previamente uma pausa nas contratações até o final de março de 2023.
Após apresentar um
crescimento fora do comum desde a sua criação, o Facebook - que se tornou Meta
no final de 2021 - sofre desde o ano passado com a queda na publicidade online.
O movimento é acentuado pela mudança no sistema operacional do iPhone (iOS),
que não permite mais que a plataforma colete tantos dados sobre seus usuários
quanto antes.
Além disso, o Facebook e
Instagram enfrentam uma concorrência em ascensão, especialmente da plataforma
de vídeo TikTok, que está reduzindo sua participação no mercado.
Como toda a indústria de
tecnologia, a Meta sofre com a alta dos juros, o que penaliza um setor que
precisa de caixa para financiar seu desenvolvimento. O faturamento da Meta foi
para US$ 116,6 bilhões em 2022, uma queda de 1%. (AFP)
Fonte: O Tempo