No período, foram embarcados 378 mil litros, volume 86% superior ao registrado em igual intervalo de 2021. Os dados são do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac).
Assumindo a terceira colocação, o estado passou a responder por 11,2% do valor exportado pelo Brasil. No mesmo período de 2021, o volume direcionado ao mercado externo representou 4,4% do país e manteve o estado em quinto lugar, atrás de São Paulo, Pernambuco, Paraná e Rio de Janeiro.
No Brasil, mantendo-se a base comparativa com janeiro a novembro de 2021, os embarques da cachaça apresentaram crescimento de 54,74% em valor, que chegaram a US$ 18,47 milhões. Ao todo, foram 8,6 milhões de litros, ou 30,38% a mais.
“Cachaça Mineira Legal e de Qualidade"
Para manter a qualidade da bebida, considerando ampliação de mercados, melhora da produção e segurança sanitária, o Governo de Minas, por meio Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), autarquia vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), criou projeto “Cachaça Mineira Legal e de Qualidade”.
A iniciativa envolve toda a cadeia produtiva da cachaça para os próximos cinco anos. Dentre os objetivos específicos destacam-se ações educativas estratégicas em regiões do estado onde há elevado número de estabelecimentos clandestinos.
Desde 2020, o instituto executa operações de denúncia em conjunto com a Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG), verificando a falsificação do destilado pelo uso de álcool combustível.
A fiscalização no estabelecimento comercial ou no alambique busca garantir a oferta de bebidas no padrão da legislação de bebidas. Para isso, também são feitas análises para avaliação de conformidade dos parâmetros estabelecidos para que a cachaça seja comercializada dentro dos padrões oficiais de identidade e de qualidade.
A regularização melhora a estrutura da produção e incentiva o processo de aprimoramento contínuo, podendo ampliar vendas e conquistar novos mercados.
Artesanal
Minas Gerais é o maior produtor de cachaça artesanal do país. O processo tradicional de fabricação da bebida em alambique é declarado como patrimônio cultural pela lei estadual Nº 16.688, de 11 de janeiro de 2007.
Já são mais de 1,7 mil marcas registradas em Minas Gerais, cerca de mil a mais do que São Paulo, segundo lugar no ranking. Salinas, no Norte do estado, é considerado o município com mais estabelecimentos registrados, seguido de cidades como Alto Rio Doce, Córrego Fundo, Bonfim, Rio Espera, Divinésia, Lamim e Perdões.