Brasil
Publicada em 20/11/22 às 09:45h
Pedágio na BR-040 vai subir ao menos 81% com nova concessão

Boa Nova FM

 (Foto: Reprodução )
A empresa que assumir a concessão da BR–040 no trecho entre Belo Horizonte a Cristalina, na divisa com o Estado de Goiás, poderá cobrar um pedágio 81% mais caro do que é cobrado atualmente. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a tarifa projetada para o trecho conhecido como “Rota dos Cristais” vai variar de R$ 9,73 a R$ 14,18. Hoje, o valor de cada ponto é de R$ 5,80.

Para se ter uma ideia, atualmente, o motorista que sai de Capim Branco, na região metropolitana, e vai até Paracatu, Noroeste do Estado, paga R$ 40,60 em pedágio. Com o novo modelo de concessão, o usuário terá que desembolsar ao menos R$ 73,51 para fazer o mesmo percurso, desembolsando 81% mais. Esse valor é uma estimativa mínima da tarifa, mas o pedágio pode dobrar se não houver mais empresas disputando o edital. Se caso não houver concorrentes, o teto do pedágio poderá variar de R$ 11,18 a R$ 16,30 – aumento de até 108% considerando todo o percurso.

O governo federal justifica o aumento na tarifa para que o leilão seja atrativo para as empresas tendo em vista os investimentos previstos na ordem de R$ 6,20 bilhões em 30 anos. Mas para além do preço, outro temor de quem acompanha o novo processo de licitação da BR é que o certame não tenha empresas interessadas a assumir a gestão do trecho, hoje feita pela Via 040.

Edital

Previsto para o segundo semestre de 2024, o leilão da Rota dos Cristais prevê a privatização de 594,8 km de rodovia. A expectativa é que sejam feitas 69 km de faixas adicionais em pista dupla, 74 km de faixas adicionais em pista simples, além 61 km de marginais. A ANTT prevê ainda a implantação de 52 dispositivos e interseções, 20 passagens de flora e duas áreas de descanso para caminhoneiros.

A previsão é que no primeiro ano de concessão a sinalização seja recomposta e que do segundo ao quinto ano, seja feita a recuperação da rodovia e a construção das faixas adicionais. De acordo com os estudos iniciais da licitação, a maior parte do investimento deve ser feita nos sete primeiros anos.

Fonte: JP Agora 


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