Um novo golpe acendeu o alerta da Polícia Federal (PF). Conhecido como “golpe da mão fantasma”, no qual os criminosos conseguem controle total sobre o celular da vítima em tempo real, o esquema já avoluma 40 mil boletins de ocorrência registrados em todo o Brasil.
O modus operandi dos golpistas é enviar uma mensagem ou um e-mail ou fazer um telefonema à potencial vítima, informando que foram feitas movimentações estranhas na sua conta bancária.
Em seguida, é pedido que um aplicativo seja atualizado por segurança, e um link é enviado.
É nesse momento que os criminosos conseguem instalar um programa de acesso remoto no celular da vítima e começam a movimentar tudo que tiverem acesso – em especial, as contas no banco.
Sob controle dos hackers, é como se o dispositivo estivesse sendo usado por uma “mão fantasma”, abrindo e fechando aplicativos sozinho. Ele, na verdade, está sendo acessado de outro lugar, e os criminosos vão atrás de senhas de banco que possam estar salvas no aparelho.
A Polícia Federal alerta que os bancos nunca entram em contato pedindo que seja instalado algum aplicativo, nem enviam links aos seus clientes. Se alguma dessas coisas acontecer, desconfie.
Os aplicativos de banco, além disso, são em si seguros, afirma a PF. Com senhas protegidas, os criminosos não têm acesso ao dinheiro da vítima. Mas se as senhas estiverem disponíveis em algum lugar que os golpistas tenham acesso, a “mão invisível” pode limpar a conta.
Proteja-se
- Nenhum banco entra em contato pedindo que algum aplicativo seja instalado, ou enviando links. Se alguém se passando por um banco fizer isso, desconfie. Na dúvida, entre em contato com seu banco em um canal oficial.
- Nunca instale aplicativos desconhecidos ou recebidos por mensagem, SMS, WhatsApp ou e-mail. Evite baixar aplicativos bancários fora da loja oficial do sistema operacional do seu celular.
- Utilize autenticação de dois fatores para autorização de transações.
- Troque suas senhas regularmente, com senhas fortes e só armazene-as em gerenciadores seguros.
- Procure uma delegacia se for vítima do golpe da “mão fantasma”, e registre boletim de ocorrência.
Fonte: Jornal Estado de Minas.