(Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Cinco trabalhadores em
condições análogas à escravidão foram resgatados enquanto trabalhavam em uma
obra, na Represa de Miranda, em Uberlândia. Eles foram encontrados em uma pousada
localizada às margens da represa, durante a 2ª fase da Operação
"Resgate". A vistoria no local foi realizada na última semana.
Segundo o Ministério do
Trabalho e Previdência, ficou constatado que, além de não serem obedecidos os
pagamentos contratuais, o grupo estava exposto a riscos químicos, físicos e de
acidentes de trabalho, sem ações para prevenir problemas de saúde.
Ainda conforme as autoridades,
os funcionários não recebiam vestimentas e equipamentos de proteção individuais
e nenhum treinamento para a construção civil. Também não era fornecida
alimentação para o grupo, não havia vestiário e alojamento em boas condições. O
banheiro, por exemplo, era improvisado, em um local sem higiene.
Sobre as condições
contratuais, o grupo trabalhava informalmente, sem direito ao 13º salário,
férias remuneradas, recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
e sem proteção de previdência e exames médicos necessários.
Após o resgate, o proprietário
da obra foi obrigado a efetuar o pagamento devido, e os trabalhadores receberam
R$ 40,7 mil referente aos salários e questões rescisórias, além de R$ 25 mil
por danos morais individuais. A ação foi acompanhada por
auditores-fiscais.
Operação
A ação faz parte de uma
fiscalização iniciada no dia 20 de julho e, até o momento, realizada em outras
seis cidades de Minas Gerais e em 21 estados.
Segundo balanço Ministério do
Trabalho e Previdência, foram localizados 78 trabalhadores em situação análoga
à escravidão em todo o estado durante o mês de julho. A operação também foi
realizada em Nova Era, Poços de Caldas, Araxá, Boa Esperança, Conselheiro
Lafaiete e Divinópolis. No país, foram 337 trabalhadores resgatados.
As denúncias de casos de
trabalho à escravidão podem ser feitas de forma anônima através do Sistema Ipê.
Fonte: G1