O menino chegou a ser levado para um hospital no município, mas não resistiu aos ferimentos. O caso foi registrado na delegacia de Ferraz de Vasconcelos como homicídio e omissão de cautela, conforme o Estatuto do Desarmamento, e será investigado.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe do menino contou que estava na sala assistindo televisão com o filho por volta das 20h45. Ela disse que o pai da criança estava deitado no quarto. Segundo a mãe, o filho disse que iria até a cozinha pegar algo para comer.
Depois de alguns instantes, os pais ouviram o barulho de um disparo de arma de fogo. A mãe relatou que eles encontraram a criança caída no chão, ensanguentada, com um tiro na região da cabeça. O pai levou o menino imediatamente ao hospital. De acordo com o boletim de ocorrência, a arma estava guardada em cima do armário da cozinha.
O pai declarou à polícia que guarda a pistola que possui em diversos locais para que seus filhos nunca encontrem. O pai disse ainda que chegou a mostrar a arma para o filho para que ele soubesse o quanto ela era perigosa, seguindo orientações de que mostrar a arma seria importante para acabar com curiosidades das crianças.
Segundo o depoimento do pai, no dia do crime ele guardou a arma em cima do armário da cozinha com o carregador dentro da mesma, mas sem projetil na câmara, bem como com a trava de segurança acionada. Ele disse que estava no quarto com o outro filho, enquanto a vítima estava na sala com a mãe. Ouviu o tiro e encontrou o filho ensanguentado na cozinha.
O pai afirmou que “acha que o filho tenha dado o golpe para alimentar a arma, bem como tenha destravado a pistola”. Ao ser questionado se ensinou o filho a manusear a arma, ele negou.
Uma perícia foi feita no local. A arma e os projéteis foram apreendidos. De acordo com o boletim de ocorrência, o caso será investigado. O documento foi registrado "como homicídio e omissão de cautela conforme o estatuto do desarmamento".