Com o início do
período de clima mais frio, a Secretaria de
Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) destaca a importância de a população
completar o esquema vacinal contra a covid-19, sobretudo idosos e crianças, que
são os grupos mais suscetíveis às doenças respiratórias.
Quem faz o alerta é o secretário de Estado de Saúde
de Minas Gerais, o médico Fábio Baccheretti. “Estamos chegando na última semana
de maio, iniciando o mês de junho, quando começa o inverno, e um ponto que nos
preocupa muito é a baixa adesão à vacinação. Nós temos muitas crianças que não
buscaram a segunda dose ainda. Temos, também, os idosos que têm que tomar a
segunda dose de reforço, ou seja, a quarta dose”, diz Baccheretti.
Segundo o secretário, outro ponto de atenção é para
a sazonalidade das infecções respiratórias, que acompanha o inverno. “Essa
baixa adesão nos preocupa muito, porque a doença da covid agora é sazonal e
este é o pior momento do ano em relação a essa doença. Então, é muito
importante lembrar a todos de tomar a vacina, tanto as crianças, quanto os
adultos e idosos, para que a gente atravesse esse momento de maior risco de
contaminação. A vacina é a única arma para vencermos essas infecções. Isso nos
preocupa e vale esse puxão de orelha. Quem ainda não tomou a vacina vá até o
posto de saúde e garanta a sua proteção”, completa.
Cobertura
Com mais de 46,7 milhões de vacinas anticovid
enviadas aos municípios mineiros, a cobertura com a primeira dose (D1) do imunizante
no estado está em 89%, segundo dados do painel Vacinômetro divulgados nessa segunda-feira (23/5). Com a
segunda dose (D2), estão cobertos 82,6% da população, incluindo também as doses
únicas. A meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 90% das pessoas com
mais de cinco anos de idade com o esquema vacinal primário completo.
Já na vacinação de
reforço, a cobertura em Minas Gerais é de 57,3% para terceira dosagem (1ª dose
reforço, ou R1) e de 21,7% para a quarta dose (2ª dose reforço, ou R2),
direcionada a idosos com mais de 60 anos e imunossuprimidos.
Em relação à vacinação do público infantil, a
cobertura é de 69,4% das crianças com idade entre cinco e 11 anos com a primeira
dose. Para a segunda dose, a cobertura é de 35%. Ao todo, são 1,9 milhão de
vacinas aplicadas em Minas em crianças, sendo 1,2 milhão para a primeira
dosagem e mais de 655 mil para a segunda aplicação.
De acordo com a avaliação do Grupo de Análise e
Monitoramento da Vacinação em Minas Gerais (Gamov), a macrorregião de saúde
Vale do Aço é a que possui menor cobertura vacinal de doses pediátricas, tanto
de D1 (52,91%) quanto de D2 (25,24%). A macrorregião que apresenta o melhor
indicador é Jequitinhonha, com 84,16% e 41,42% para D1 e D2, respectivamente.
Sobre o perfil epidemiológico das doses aplicadas
de vacinas contra covid-19, quase 53% do total das doses administradas foram em
pessoas do sexo feminino. A maior parte dos imunizantes utilizados é da Pfizer,
seguido pela AstraZeneca, CoronoVac e Janssen. Em relação à faixa-etária, o
maior número de doses aplicadas foi em indivíduos de 30 a 39 anos (8,72%),
seguido de 40 a 49 anos (8,38%) e 50 a 59 anos (7,80%). A maioria das
aplicações em indivíduos do sexo masculino aconteceu apenas na faixa-etária de
30 a 39 anos (7,98%).
Atualização
A Secretaria de Estado
de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que o Vacinômetro, painel responsável
pelo monitoramento da vacinação contra a covid-19 no estado, voltou a ser
atualizado diariamente a partir dessa segunda-feira (23/5). A migração da base
de dados para o OpenDataSUS, do Ministério da Saúde, iniciada em 5/5, teve o
objetivo de alinhar os dados do painel com o banco de dados oficial do órgão
federal. Até o início do mês de maio, eram utilizados os dados do sistema
oficial e, também, os dados preenchidos pelos municípios em formulário
eletrônico próprio elaborado pela secretaria.