(Foto: MPT-MG/Divulgação)
Neste 28 de janeiro, data em
que é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo o
Ministério Público do Trabalho em Minas Gerais (MPT-MG) divulgou que 271
trabalhadores foram resgatados - em condições análogas à escravidão - de 3
fazendas de produção de cana-de-açúcar, para abastecimento de usina na região
de João Pinheiro. Nesta
sexta-feira (28) eles
começam a retornar para as cidades de origem nos
Estados da Paraíba, Piauí, Pernambuco, Maranhão e Bahia.
Todas as despesas estão sendo pagas pelo empregadores.
A equipe
de fiscalização integrada pelo MPT-MG, Auditoria fiscal do Trabalho (AFT) e
agentes das Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF) encontraram os trabalhando
submetidos a condições degradantes. Desde
a última segunda-feira (24), eles estão depondo e os valores devidos a cada um
deles estão sendo apurados.
"A condição degradante, que configura
exploração de trabalho análogo à escravidão, foi caracterizada pela ausência de
refeitório, sendo os trabalhadores obrigados a fazer refeição a céu aberto,
assentados pelo chão. Eles também não tinham acesso a sanitários, estavam
abrigados em alojamentos superlotados e alguns deles com teste positivo para
Covid-19", descreveram os procuradores do MPT que
integraram a equipe de fiscalização.
De acordo com o MPT, a
operação deverá ser concluída até este fim desta semana, com a quitação de
todas as verbas rescisórias de cada trabalhador, que, somadas, devem
ultrapassar R$ 5 milhões.
Cada
trabalhador irá receber indenização por danos morais individuais,
além de compensação por dano moral coletivo no
valor de R$ 400 mil. Os empregadores firmaram Termos de Ajustamento de Conduta
assumindo obrigações de adequar as
condições de trabalho no empreendimento para receber futuros empregados.
Fonte: G1