O Comitê
Nacional de Secretários da Fazenda (Comsefaz) divulgou nesta sexta-feira, 14,
que vai encerrar o congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) sobre os combustíveis na data originalmente prevista de 31 de
janeiro. Assim, a partir de 1º de fevereiro, esse valor poderá sofrer
variações novamente. Minas Gerais deu voto contrário à medida pois queria
manter o congelamento.
O governador do
Piauí e coordenador do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias,
divulgou nota com a seguinte afirmação: "Fizemos a nossa parte com o
congelamento do preço de referência para ICMS, mas não valorizaram este gesto
concreto, não respeitaram o povo. A resposta foi aumento, aumento mais aumento
nos preços dos combustíveis."
Ele considerou ainda que os aumentos da
gasolina e do diesel têm servido apenas para "aumentar os lucros da
Petrobras" e cobrou uma solução definitiva para os combustíveis por meio
da reforma tributária. "A maioria dos Estados votou para manter a regra do
congelamento somente até o fim de janeiro, considerando o fechamento do governo
federal para o diálogo e os sucessivos aumentos dos combustíveis, sem
preocupação com o impacto econômico e social", completou.
Parte dos secretários considerava que a
medida já foi suficiente para mostrar que o presidente Jair Bolsonaro estava
errado em culpar os Estados pela alta dos preços da gasolina e do diesel. Outra
parte avaliava que não seria ideal reativar o cálculo do tributo em pleno ano
eleitoral.
Antes do
congelamento, o ICMS incidia sobre o preço médio ponderado ao consumidor final,
que é reajustado a cada 15 dias.
Cada Estado tem competência para definir a
alíquota. Segundo dados da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis
(Fecombustíveis), ela varia entre 25% e 34% na gasolina, dependendo do Estado.
Mesmo com o ICMS estagnado desde 1º de novembro, o preço dos combustíveis
continuou a subir nos postos.
O preço final dos combustíveis é composto
pelo valor cobrado pela Petrobras nas refinarias (atrelado ao preço do barril
do petróleo no mercado internacional e ao câmbio), mais tributos federais
(PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estaduais (ICMS), além das margens de distribuição
e revenda e do custo do biodiesel, no caso do óleo diesel, e do etanol, na
gasolina.
Fonte: Rádio Itatiaia