(Foto: Reprodução/Mais Goiás)
A Corregedoria da Polícia Civil de
Goiás acredita que pelo menos 160 ocorrências falsas de roubos de cargas foram
registradas somente este ano por cinco integrantes da corporação. Uma escrivã e
três agentes foram presos na quarta-feira (22), e um delegado, que já ocupou o cargo de diretor geral da PC, está afastado de
suas funções.
As investigações que chegaram
aos nomes dos cinco suspeitos começaram depois que a Polícia Civil viu aumentar
muito o número de roubo de cargas registrado por uma mesma escrivã. Chamou a
atenção também o fato de três ocorrências do roubo de uma mesma carga terem
sido registradas em um único dia, mas em delegacias diferentes.
Pelo que apurou o Mais Goiás,
as mais de 150 ocorrências foram registradas nas delegacias de Nerópolis,
Luziânia, e no 20º Distrito Policial, em Goiânia. A corregedoria acredita que,
após os registros, o grupo criminoso conseguiu receber, junto às seguradoras,
os valores referentes às cargas, que supostamente teriam sido roubadas.
Neste caso, policiais e outras
pessoas que fazem parte da trama criminosa, ganhariam duas vezes, já que a
carga supostamente desviada também era vendida para comerciantes de Goiás, e de
outros estados. Estas pessoas que estariam atuando junto com os policiais já
foram identificadas após interceptação de ligações telefônicas autorizadas pela
justiça, e devem ter suas prisões solicitadas nos próximos dias.
Apesar do vazamento de
informações, Polícia Civil não se pronuncia
Mesmo com o vazamento de
informações sobre a operação desencadeada ontem, a Corregedoria da Polícia
Civil, e a Diretoria Geral da corporação, ainda não se pronunciaram sobre o
caso à imprensa. Os nomes dos quatro policiais presos, e do ex-diretor-geral
que está sendo investigado, foram amplamente divulgados ontem em grupos de
whatsapp.
Veja crimes a que policiais e
ex-diretor poderão responder
Assim como os quatro
policiais, o ex-diretor-geral da PC também poderá responder, ao final do
inquérito, por associação criminosa, corrupção passiva e ativa, furto mediante
fraude, e inserção de dados falsos em sistemas informatizados. Somados, estes
crimes têm pena de reclusão que ultrapassam oito anos, além de prever, também,
a perda da função do cargo público.
Fonte: Mais Goiás