Brasil
Publicada em 30/11/21 às 11:25h
Trabalhadores da Cemig entram em greve

Boa Nova FM

 (Foto: Internet)

Trabalhadores da Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig) decidiram iniciar greve nesta segunda-feira (29/11). O movimento foi deflagrado após assembleias ocorridas nos pontos do estado onde há expediente da estatal. Os funcionários questionam atitudes do governo de Romeu Zema (Novo) em relação aos profissionais eletricitários e apontam, ainda, “desmonte” da companhia para facilitar a privatização.

A Cemig é alvo, na Assembleia Legislativa, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a gestão da estatal desde 2019. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Energética em Minas Gerais (Sindieletro), os funcionários estão em campanha salarial e tentam renovar o acordo coletivo de trabalho. A entidade aponta insatisfação com a contraproposta apresentada pela direção. A empresa, porém, afirma que uma sugestão de reajuste de 11% foi negada pelos representnates dos trabalhadores.

Para marcar as paralisações, a ideia é fazer atos em frente às instalações da Cemig no estado. Na tarde desta segunda, por exemplo, ocorre ato em frente à sede da empresa, no Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

“Há os privilégios garantidos à alta cúpula, como uma remuneração milionária que engloba salários e rendimento variável e um contrato para fornecimento de refeições para os diretores no valor de R$ 1,2 milhão ao ano. Pelos cálculos do Sindieletro, a refeição diária para cada diretor que usa o restaurante ‘vip’ da Sede da Cemig custa R$ 350,00”, lê-se em comunicado emitido pelo Sindieletro para informar a greve.

Afastamento de presidente é pauta

Na mira da CPI, está o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho. O sindicato dos trabalhadores defende o afastamento do executivo até a conclusão da investigação conduzida pelos deputados, prevista para ser encerrada no início do próximo ano.

Os parlamentares estaduais têm tentado, também, entender recentes negociações de patrimônios vinculados à estatal mineira. Em janeiro deste ano, a Cemig vendeu, por R$ 1,37 bilhão, a fatia que detinha na Light, companhia de luz que atua no Rio de Janeiro. Em 2019, quando ainda estava vinculada à Cemig, a Light negociou, pelo valor simbólico de R$ 1, suas ações na Renova, que atua com fontes energéticas renováveis.

A Cemig assegura que a greve iniciada nesta segunda afetou de forma mínima as operações. Leia a nota na íntegra ao fim deste texto. 

Audiência e visita técnica na mira de deputado

Paralelamente aos trabalhos da CPI, a Comissão de Trabalho, Previdência e Assistência Social pode fazer uma visita técnica à Cemig. A ideia é verificar as condições fornecidas aos profissionais da empresa. Uma audiência pública também está em pauta. Quem lidera as articulações é Betão (PT).

“Defender a negociação coletiva e cada um dos itens sociais e econômicos da pauta de reivindicações dos trabalhadores é lutar pelo cumprimento de direitos garantidos por lei e por uma Cemig melhor. Há tempos estamos acompanhando o desmonte escancarado da estatal, a constante retirada de conquistas históricas da categoria e é importante somar forças nesse momento de resistência, diz ele.


Fonte: Estado De Minas




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