A Polícia Civil de Minas
Gerais (PCMG) ratificou na tarde desta quarta-feira (17) a prisão de 5 homens
com idades entre 31 e 48 anos e uma jovem de 28, envolvidos em um esquema de
fraudes em provas de legislação do Departamento Estadual de Trânsito
(Detran-MG), em Patos de Minas. Uma jovem de 25 anos foi detida e prestou
depoimento, mas foi liberada após pagar fiança. As prisões ocorreram na
terça-feira (16).
Para
passar respostas aos candidatos, eles utilizavam câmeras em formato de botão de
camisa e pontos eletrônicos. Alguns candidatos que iriam fazer a prova pagavam
mais de R$ 4 mil para a quadrilha. Dessa forma, os membros do grupo e os
inscritos se encontravam antes do exame para combinar como seria feito.
De acordo
com a Polícia Civil, na terça-feira a Polícia Militar (PM) abordou 3 homens de,
respectivamente, 31, 43 e 48 anos com os materiais usados na fraude próximo ao
terminal rodoviário do município. Dois deles confessaram a participação no
esquema de preparação dos candidatos para a realização do exame de legislação
que era realizado na Unidade de Atendimento Integrado (UAI). O terceiro afirmou
que havia feito à prova.
Com as
informações, os militares fizeram uma varredura na região da rodoviária e
localizaram um homem de 47 anos, dono de um centro de formação de condutores em
Sete Lagoas (MG), envolvido no esquema. A jovem de 28 anos e um candidato, que
não teve a idade informada, também foram detidos.
Ainda segundo a PCMG, alguns
dos candidatos abordados ainda estavam com os equipamentos usados na fraude. Os
envolvidos foram presos pelos crimes de fraude em certame de interesse público
e associação criminosa e foram encaminhados ao sistema prisional.
Uma jovem
de 25 anos também foi presa, mas foi liberada após depor e pagar fiança. À
princípio, ela vai responder ao processo em liberdade.
A Polícia
Civil também informou que não foi detectada participação de funcionários da UAI
ou servidores do Detran no esquema de fraudes. A investigação segue em
andamento para identificação de outros envolvidos.
Segundo a Polícia Militar, alguns candidatos que iriam fazer a prova de legislação do Detran
pagavam mais de R$ 4 mil para a quadrilha. Dessa forma, os membros
do grupo e os inscritos se encontravam antes do exame para combinar como seria
feito.
Na ocasião, uma camisa com uma câmera era entregue para os solicitantes.
Com o apetrecho instalado, os criminosos tinham acesso as perguntas e avisavam
sobre as respostas através de um ponto eletrônico.
Em um dos casos, um candidato precisou ser levado ao médico para a retirada do
ponto eletrônico do ouvido.
Apreensões
Após o flagrante, vários celulares,
câmeras em formato de botão em camisa, pontos eletrônicos, além de carregadores
e outros componentes, foram encaminhados e levados para a delegacia junto aos
envolvidos.
Fonte: G1