Começou nesta segunda-feira (01) e vai até o dia 28
de fevereiro de 2022 a Piracema. O chamado período de defeso dos peixes é
fixado pelo Instituto Estadual de Florestas – IEF – para proteger os peixes que
sobem as corredeiras dos rios nesta época do ano para se reproduzirem. No Rio
da Prata, a pesca é permanentemente proibida, mesmo no período fora da
piracema.
Durante a piracema, a pesca só é permitida para
espécies exóticas (espécies não nativas que foram introduzidas pelo homem) e
híbridas, no limite de três quilos diários. A atividade pesqueira também só
pode ser realizada em trechos com distância mínima de 1 mil metros a montante e
a jusante dos rios, represas, barragens e lagoas, para garantir a reprodução
dos peixes na cabeceira dos corpos d’água.
Os equipamentos permitidos durante a piracema são:
linha de mão com anzol, vara, caniço simples, carretilha ou molinete de pesca,
com iscas naturais ou artificiais. Fica proibido o uso de redes e demais
equipamentos que possam capturar diversas espécies, como as migradoras e em
risco de extinção. Para portar o pescado e equipamentos de pesca, no entanto,
ainda que em situações em que a atividade é autorizada, é importante que o
pescador porte e mantenha atualizada a carteira de pesca amadora. O documento
pode ser obtido a partir do preenchimento do formulário disponível no site do
IEF.
Já quem comercializa, explora, industrializa e
armazena peixes deve se registrar junto ao IEF. Os estoques de peixe in natura,
congelados ou não, provenientes de águas continentais, existentes nos
frigoríficos, peixarias, colônias e associações de pescadores devem ser
informados ao órgão.
A exigência também incide sobre os estoques
armazenados por pescadores profissionais, entrepostos, postos de venda,
depósitos e câmaras frias, em posse de feirantes, ambulantes, bares,
restaurantes, hotéis e similares. Outras informações sobre as regras durante o
período da piracema podem ser consultadas no site do IEF.
Migração
A piracema, palavra de origem tupi, significa
“subida ou saída dos peixes”, e é o período no qual ocorre o movimento de
várias espécies de peixes em direção às cabeceiras dos rios com o objetivo de
continuarem o ciclo reprodutivo. Estes peixes são conhecidos como migradores,
como o dourado, surubim, curimatã e tantos outros. Os peixes migradores são as
espécies mais conhecidas e valorizadas na pesca profissional e amadora do país,
devido à importância na alimentação humana.
Fiscalização
Mesmo antes do período da piracema, a Subsecretaria
de Fiscalização Ambiental (Sufis) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (Semad) realiza ações de vigilância. No período de
16 a 27/10 foram feitas ações nas regiões do Rio São Francisco e em Ipatinga.
“As ações consistem em orientações quanto à necessidade de realizar a
declaração de estoque de pescado”, explica o diretor de Inteligência e Ações
Especiais da Sufis, Bruno Zuffo. Também estão sendo feitas fiscalizações para
verificação do cadastro e registro aquáticos.
Fonte: Site Rádio Montanheza