(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Em visita à
cidade de Anguillara Veneta, na Itália, nesta segunda-feira (1), o presidente
Jair Bolsonaro disse à imprensa que soube “extraoficialmente” que um novo
aumento dos combustíveis está sendo planejado pela Petrobras para daqui a 20
dias. Segundo ele, o assunto será prioridade em seu retorno ao Brasil nesta
terça-feira (2).
“Esta semana vai
ser um jogo pesado com a Petrobras, porque eu indico o presidente, quer dizer,
tem que passar pelo conselho, não sou eu que indico, e tudo que de ruim
acontece lá cai no meu colo. O que é bom não cai nada em meu colo”.
O ideal, na visão do presidente, é tirar a
estatal “das garras do Estado”, com a privatização da empresa. “Isso é o ideal,
no meu entender, que deve acontecer. Agora, isso aí não é colocar na prateleira
e vender amanhã. Esse processo vai durar mais de ano”, admitiu.
Ainda na avaliação de Bolsonaro, um novo
reajuste não pode acontecer. “A gente não aguenta porque o preço dos
combustíveis está atrelado à inflação e falou em inflação, falou em perda do
poder aquisitivo. A população não está com salário preservado ao longo dos
últimos anos. Os mais pobres sofrem”, disse.
O presidente disse que está disposto a
rediscutir a política de preços da companhia, mas sem interferir nos
“rendimentos dos acionistas”.
O presidente
Bolsonaro acrescentou que o governo federal não tem interesse nos dividendos
recebidos pelo lucros da Petrobras. Nesse sentido, disse que tem conversado com
o ministro da Economia, Paulo Guedes, para que esses recursos sejam revertidos
para abater o preço do diesel.
O presidente atribuiu a alta nos preços dos
combustíveis à corrupção de governos passados e às leis antigas. Bolsonaro
defendeu o congelamento dos impostos e apontou como “vilão” do custo final na
bomba o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Na semana passada, o Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz), do qual integram secretários de Fazenda dos
estados e do Distrito Federal, aprovou o congelamento do valor do ICMS cobrado
nas vendas de combustíveis por 90 dias.
Fonte: Rádio Itatiaia