A direção do Hospital
Regional Antônio Dias encaminhou ofício às autoridades do
município e do Estado alertando para a superlotação dos leitos e esgotamento da
capacidade de atendimento da unidade. O maior problema ocorre na maternidade,
com gestantes e recém-nascidos ocupando espaços improvisados.
Segundo a nota emitida pela direção do Hospital Regional,
com os leitos de UTI Neonatal lotados, dois recém-nascidos tiveram que ficar
retidos na sala do bloco obstétrico e existem outros três pacientes
necessitando de atendimento na unidade hospitalar. Para piorar a situação, o
hospital está com dificuldades para contratar médico plantonista para a Clínica
Pediátrica.
“Ressaltamos que o encaminhamento de mais pacientes que
necessitam de suporte de terapia intensiva neonatal poderá comprometer a
assistência e a vida dos pacientes, sendo que não dispomos no momento de leito
de UTI Neonatal e ainda reforçamos que, conforme informado através do Ofício
Circular 99 (36762973) esta Unidade encontra-se sem profissional MÉDICO
PLANTONISTA NA CLÍNICA PEDIÁTRICA devido ao déficit de
profissionais para cobertura da escala no período de 07 horas do dia 19/10/2021
às 07 horas do dia 20/10/2021”, diz o ofício encaminhado às autoridades.
A direção do Hospital Regional também pede para os setores
de regulação só utilizem a chamada “vaga zero” para pacientes com risco de
morte ou sofrimento intenso. “Os pacientes encaminhados em VAGA ZERO a este
HRAD, poderão ter o agravo de sua condição clínica por falta de condições
adequadas de atendimento. Portanto destacamos a importância da sensibilização
do Médico Regulador na decisão de encaminhar o paciente e bem como os possíveis
danos que esta decisão possa ocasionar”, diz outro trecho da nota.
A direção do Hospital Regional pede que as autoridades
contratem leitos em hospitais particulares, até que a situação seja
normalizada. O ofício foi encaminhado ao promotor de justiça, Rodrigo Taufik, à
secretária municipal de saúde, Ana Carolina Magalhães, à superintendente
regional de saúde, Noemi Portilho e aos diretores de saúde que atuam na
regulação de pacientes.
A superlotação do Hospital Regional ocorre no momento em
que o Hospital São Lucas encerra o atendimento em Patos de Minas através do
Sistema Único de Saúde. A Administração Municipal informou que Santa Casa será
o pronto atendimento para gestantes de risco habitual. Na unidade, elas serão
avaliadas e, quando necessário, encaminhadas a um dos hospitais particulares
credenciados pelo município de Patos para realização do parto.
Fonte: Patos Hoje