(Foto: Paulo Barbosa/G1)
Uma operação resgatou 130
trabalhadores em condição análoga à escravidão em Coromandel, no Alto
Paranaíba. A ação foi realizada pelo Ministério Público
do Trabalho (MPT), o Ministério do Trabalho e Emprego e a Polícia Rodoviária
Federal (PRF). Nesta sexta-feira (1º), eles vão receber valores referentes às verbas
trabalhistas que têm direito.
Entre o total de trabalhadores, 116 deles estavam vivendo em situação análoga à escravidão em uma
colheita de alho, enquanto os outros 14
estavam em duas carvoarias.
Em relação ao primeiro caso, o
auditor-fiscal do trabalho, Humberto Monteiro Camasmie, explicou que a operação
foi desencadeada no início da semana e conseguiu realizar o flagrante.
“Nós fizemos um operativo da colheita
de alho e identificamos 116 trabalhadores em condições degradantes de trabalho.
Eles estavam alojados em contêineres, de forma improvisada, sem a menor
condição de higiene e habitabilidade, sem medidas de proteção contra a
Covid-19”, detalhou.
Sobre a ventilação no local, ele
contou que haviam pequenas janelas, que não contribuíam para a “melhoria
térmica” nos contêineres. Os trabalhadores são de São Francisco, na região do
Norte de MG.
"Hoje estamos fazendo o
pagamento da verba rescisória dos trabalhadores. Estamos pagando cerca de R$
890 mil entre verbas salariais e rescisão dos trabalhadores", explicou o
auditor fiscal do trabalho.
O g1 procurou o MPT para saber mais informações referente às
operações desencadeadas em Coromandel, porém, como as ações ainda estão em
andamento, não foi possível passar mais detalhes.
Fonte: G1