No ano passado, o Rio Paranaíba teve uma de suas maiores cheias dos últimos tempos. Técnicos do IGAM chegaram a medir 10,7 metros de profundidade no rio. No entanto, neste ano, a fartura voltou a dar lugar à escassez e a situação preocupa. Em certos pontos do rio, a água cobre apenas 1/5 da área normalmente coberta e a vazão se parece com a de um córrego.

Neste domingo (05), a reportagem do Patos Hoje foi até o Rio Paranaíba, nos fundos dos Bairros Copacabana e Laranjeiras, e registrou a situação lastimável. É possível caminhar tranquilamente por uma grande parte do leito do rio. Poças d’água podem ser vistas no local indicando que a água vem secando a cada dia.

Também podem ser vistos troncos de árvores e até manilhas no local, revelando a triste situação. Da imensa área que era coberta pela água, hoje escorrem em apenas cerca de 3 metros. Pedras e muita terra seca podem ser vistas pela maior parte do leito do rio.

A escassez de água no Rio Paranaíba não traz prejuízos apenas para os pescadores que tem dificuldades até para navegar com suas canoas ou para os agricultores que dependem do rio para irrigar suas plantações, mas também para as hidrelétricas que produzem energia. A conta de luz já está muito mais cara para os consumidores de todo o país.

Os meteorologistas apontam o Fenômeno La Niña, o aquecimento global e o desmatamento da Amazônia como fatores que contribuíram para a redução no volume de chuvas no período de setembro de 2020 até o momento. As grandes queimadas de matas e a destruição do meio ambiente na região também podem ter contribuído.

E as previsões dos institutos de meteorologia são nada animadoras. De acordo com o Clima Tempo, os próximos dias devem ser de sequidão, podendo haver pancadas de chuva apenas na sexta-feira (10). Porém, a quantidade prevista é de apenas 5mm, o que não deve nem ser sentida pelos moradores.

Fonte foto e vídeo: Patos Hoje