(Foto: Reprodução/internet)
O secretário
executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, confirmou nessa segunda-feira
(26) que o intervalo entre a aplicação da primeira e segunda doses da
vacina da Pfizer vai ser reduzido para 21 dias. Atualmente, após ser imunizado
com a primeira dose, é preciso esperar três meses para tomar a segunda
aplicação do medicamento contra a covid-19. O anúncio foi feito pelo secretário
a jornalistas, mas não foi informado quando a mudança vai ser posta em prática.
"Precisa ver qual é o melhor timing disso, mas que vai diminuir,
vai", disse.
Apesar de dar
como certa a redução do intervalo, Cruz afirmou que vai aguardar para saber
quantas doses o Brasil receberá da vacina em agosto. "Vamos conversar com
o laboratório para ver qual o cenário do próximo mês de entrega das doses. Além
da questão da epidemia, precisamos verificar o cenário de abastecimento",
declarou.
"A gente está só vendo com Conass
(Conselho de Secretários Estaduais de Saúde) e Conasems (Conselho de
Secretários Municipais de Saúde), na tripartite, para gente ver qual é a melhor
data para diminuir o prazo de 3 meses para 21 dias. Então encurtando o prazo
ficando o mínimo pontuado pela Pfizer”, falou o secretário-executivo.
A decisão de reduzir o intervalo entre as
doses da vacina tem como objetivo conter o avanço da variante indiana do
coronavírus a Delta. Pesquisa do laboratório francês Pasteur indica que a
primeira dose da Pfizer tem uma proteção de apenas 10% contra a variante. Por
outro lado, com as duas doses tomadas, a taxa sobe para 95%.
A bula do imunizante da farmacêutica
americana já recomenda os 21 dias. O governo brasileiro optou por estender o
prazo para que o maior número possível de pessoas recebesse a primeira dose.
"A gente
precisa verificar o cenário de abastecimento, porque a Câmara Técnica já
sinalizou que é interessante avançar a imunização em primeira dose e, só então,
quando a gente tiver um cenário mais tranquilo de imunizados com a primeira
dose, a gente reduz o prazo para completar a imunização", justificou
Rodrigo Cruz sobre o atual prazo de três meses.
Fonte: Site Rádio Itatiaia