O
Hospital de Amor, que é o hospital para tratamento de câncer em Barretos, terá
uma unidade na cidade de Patrocínio, no Alto Paranaíba, em Minas Gerais,
que começa a funcionar ainda neste ano. A notícia é boa, mas os números do
câncer preocupam no Brasil. Pela primeira vez na história a Câmara dos
Deputados tem uma Comissão Especial de Combate ao Câncer e ela é presidida pelo
deputado federal mineiro Weliton Prado (Pros), que é o entrevistado do Abrindo
o Jogo desta segunda-feira.
Segundo ele, o Brasil tem 285
mil mortes por câncer a cada ano. Esse número pode dobrar nas próximas décadas.
“O câncer tem aumentado de forma assustadora. A Organização Mundial de Saúde
estima que nas próximas décadas pode aumentar o número de casos, dobrar o
número de mortes no país. Temos em torno de 285 mil mortes por ano e tem
aumentado realmente de forma assustadora”, explica.
Com a pandemia, a suspensão e
a demora nos atendimentos a situação ficou ainda mais grave de acordo com o
parlamentar, que ressalta que a cada quatro semanas sem iniciar o tratamento a
chance de morte aumenta em 13%. “O câncer tem cura, a pessoa tem que ter o
direito e o acesso ao diagnóstico e ao tratamento. A cada quatro semanas sem
iniciar o tratamento aumenta em 13% a chance de morte e aumenta muito o custo
do tratamento, então é fundamental a prevenção e hoje nós temos uma lei que
estabelece que a mamografia tem que ser realizada a partir dos 40 anos das
mulheres.”
Weliton Prado afirma que o
Brasil poderia e deveria ter tratamentos e oferecer medicamentos mais avançados
do que oferece hoje e é taxativo quando diz que as leis existem, mas não são
cumpridas. Dentre elas as que estabelecem prazo para diagnóstico e início
de tratamento contra o câncer. “Nosso objetivo na Comissão de Combate ao Câncer
é fazer todo um diagnóstico em relação os aumentos dos casos, em relação aos
tratamentos disponíveis, ao diagnóstico, como que está a radioterapia, como que
está a quimioterapia. Temos várias leis que não estão sendo cumpridos no nosso
país e isso acontece ainda mais agora na pandemia.”
Fonte: Agência Minas