Com um efetivo de 490
servidores de diversas instituições envolvidas, a Operação Petróleo Real
encontrou várias irregularidades em postos de combustíveis de Minas Gerais em
dois dias de intenso trabalho integrado. A ação começou na terça-feira (6/7) e
teve continuidade na quinta-feira (8/7) em 63 municípios mineiros. Ao todo, 516
postos foram vistoriados e, destes, 203 apresentaram alguma irregularidade e
foram autuados.
Os números mostram que 39% dos
estabelecimentos fiscalizados pela Operação Petróleo Real apresentaram
irregularidades. Das 648 bombas de combustível aferidas, 91 também estavam
irregulares. As inspeções verificaram, entre outros itens, a qualidade do
combustível, a validade dos produtos, a integridade das bombas de
abastecimento, a transparência da composição dos preços ao consumidor e outras
infrações administrativas e criminais.
A operação é inédita e faz
parte de uma mobilização nacional coordenada pelo Ministério da Justiça e
Segurança Pública e capitaneada, em Minas, pela Secretaria de Estado de
Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
As fiscalizações integradas
tiveram participação e operacionalização da Polícia Civil de
Minas Gerais (PCMG), dos Procons Municipais, do Procon Estadual, do Ministério
Público de Minas Gerais (MPMG), da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis - Núcleo Regional Minas Gerais (ANP-MG), do Instituto de Metrologia e
Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG), do Corpo de Bombeiros
Militar (CBMMG), da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal,
da Polícia
Militar (PMMG) e também apoio da Secretaria de Estado de
Fazenda (SEF/MG).
Fiscalizações
Nos municípios de Belo
Horizonte, Betim, Contagem e Lavras, as fiscalizações foram feitas em alvos
pontuais, que já haviam apresentado irregularidades no passado, ou estavam
sendo investigados pelas forças de segurança. O Fórum de Procons Mineiros
também verificou outras 33 cidades. As vistorias foram feitas em postos de
combustíveis de Araguari, Barbacena, Boa Esperança, Caeté, Campo Belo,
Capelinha, Carangola, Conceição da Aparecida, Conselheiro Lafaiete, Coromandel,
Frutal, Itabira, Itajubá, Ituiutaba, Iturama, Janaúba, Juiz de Fora, Monte
Carmelo, Muriaé, Paracatu, Passos, Pirajuba, Pirapora, Poços de Caldas, Rio
Pomba, São Francisco, São Sebastião do Paraíso, Sarzedo, Três Pontas, Ubá,
Uberaba, Uberlândia e Unaí.
Em Itabira, dos 20 postos
fiscalizados, 17 foram autuados. Na região de Belo Horizonte e Contagem foram
21 postos de combustíveis vistoriados e 104 bombas verificadas. Desse total,
seis empreendimentos foram autuados e 27 bombas apresentaram irregularidades.
A operação foi deflagrada
simultaneamente em 24 estados e no Distrito Federal. Os postos vistoriados
foram indicados pelas próprias instituições, sendo que boa parte deles já havia
apresentado irregularidades em fiscalizações passadas. O controle e o
monitoramento de postos de combustíveis são feitos regularmente por ANP,
Ipem-MG / INMETRO e Procon. O apoio das polícias é um trabalho de repressão de
práticas abusivas e criminosas, protegendo a economia e o direito dos
consumidores.
Monitoramento
O monitoramento da operação é
realizado pelo Centro Integrado de Comando e Controle Estadual (CICC),
estrutura pertencente à Sejusp e integrada às forças de segurança pública de
Minas Gerais, juntamente com outras instituições.
Durante os dias da operação,
ANP, Ipem-MG e o Fórum de Procons Municipais também participaram do
monitoramento, disponibilizando servidores para dar apoio in loco. Ao todo,
quinze equipes formadas por integrantes das instituições participantes atuaram
na operação, sendo nove na Região Metropolitana de Belo Horizonte e duas em
Lavras.
Fonte: Agência Minas