(Foto: JP Agora)
Torturada,
mutilada e possivelmente estuprada. A morte de Cleonice Marques de Andrade, 43
anos, reflete a crueldade de Lázaro Barbosa de Sousa, 32. O criminoso, autor da
chacina que também tirou a vida do marido e dos dois filhos da mulher,
permanece foragido há seis dias. Caçado por uma coalização de forças policiais,
o maníaco arrancou uma das orelhas da vítima e executou Cleonice com um tiro na
nuca.
O Jornal Metrópoles de Brasília teve acesso a informações que detalham a
brutalidade do assassinato. Além de hematomas, escoriações pelo corpo e cortes
profundos provocados por um instrumento perfurocortante, como um facão, a
vítima sofreu amputação de uma das orelhas. O corpo da chacareira ainda
apresentava cortes profundos nas pernas, coxas e nádegas.
Estupro
Legistas do Instituto Médico-Legal (IML) trabalham no exame de necropsia
para confirmar se a vítima, além de ser torturada, mutilada e executada com um
tiro à queima-roupa, também sofreu estupro. No local em que o corpo foi
encontrado, a cerca de cinco quilômetros de onde ocorreu o triplo homicídio, os
policiais localizaram preservativos próximo ao corpo de Cleonice.
Corpo localizado
Um grupo formado por moradores do Incra 9 encontrou, no último sábado,
12 de junho, o corpo de Cleonice. O cadáver estava em uma zona de mata, próximo
a um córrego, e foi localizado três dias depois de a família ser morta, em uma
chacina ocorrida dentro da casa onde eles moravam, na mesma região.
A vítima foi raptada após o assalto que acabou com Cláudio Vidal de
Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal,
15, marido e filhos dela, mortos. Uma das hipóteses para a chacina ocorrida na
Fazenda Vidal é de que Lázaro tenha invadido a casa para roubar os pertences da
família. Ao ver que Cleonice pedia socorro pelo telefone, no entanto, o
criminoso matou pai e filhos e se apressou em deixar o local do crime,
levando-a como refém.
Operação interestadual
O suspeito de
aterrorizar o setor de chácaras no Incra 9 continua foragido, mas não está mais
no Distrito Federal. A informação foi confirmada pela Polícia Militar (PMDF),
que disse que a operação tem sido conduzida interestadualmente, com
investigação de policiais do DF e de outros estados.
Policiais percorrem o cerrado a pé, alguns com cães farejadores.
Além disso, dois helicópteros, um da Polícia Militar e outro da Polícia Civil
do DF, sobrevoam a região. Para fechar o cerco, a BR-070 tem vários pontos de
bloqueio.
Durante a madrugada, as forças policiais patrulharam 17 fazendas
na região de Cocalzinho (GO) para evitar que o foragido invadisse as
propriedades para se esconder e fizesse mais vítimas. Na tentativa de
localizá-lo no escuro, a polícia passou a utilizar drones com sensores
infra-vermelhos.
Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, o suspeito
conhece bem a região: é caçador e mateiro. As forças de segurança afirmam que
ele carrega ao menos três armas de fogo.
Por JP Agora Fonte: Metrópolis