(Foto: Câmara de Paracatu/Divulgação)
A Câmara de Paracatu aprovou
em sessão na segunda-feira (31) a abertura de comissão processante que vai
avaliar a cassação do mandato dos vereadores João Archanjo e Marcos
Oliveira, ambos do PSD. A TV Integração entrou em contato com os
parlamentares (veja abaixo).
Os dois foram condenados em
primeira instância em processo na justiça por uso indevido de verba
indenizatória durante a Operação
“Templo de Ceres”, desencadeada pelo Ministério Público de Minas Gerais
(MPMG). Ao todo, 14 vereadores foram presos na operação e os crimes teriam
ocorrido entre 2013 e 2016.
A instauração da comissão foi
aprovada por oito votos favoráveis. Ela será formada pelos vereadores Donato
Silva (PP), Paulinho Transporte (PSDB) e Professor Alex (DEM) e a apuração deve
começar nos próximos dias.
O que dizem os citados
Em nota, o vereador João
Archanjo afirmou que está recorrendo da decisão de primeira instância da
justiça referente à operação do MPMG. Ele disse, ainda, que a condenação é
referente a outro mandato e não ao atual.
A TV Integração entrou
em contato com o vereador Marcos Oliveira, mas não obteve retorno até a última
atualização da reportagem.
‘Templo de Ceres’
A operação
desencadeada pelo MPMG em 2016 investigou o fornecimento de notas
fiscais fraudulentas referentes a serviços não prestados de aluguel de veículos
à Câmara de Paracatu. A ação resultou na denúncia
de 14 vereadores, que segundo o Ministério Público utilizaram a verba
indenizatória de R$ 4,5 mil de forma indevida.
Além disso, em 2014 os
parlamentares aprovaram resolução que aumentou a verba para R$8 mil. A investigação
apontou que os vereadores procuraram prestadores que fornecessem notas fiscais
sem realizar os serviços.
A decisão de primeira
instância condenou João Archanjo a mais de 10 anos de prisão e Marcos Oliveira
a mais de oito anos de reclusão. Ambos foram condenados por associação
criminosa e peculato.
Os dois também foram
condenados a indenização ao erário. Archanjo foi condenado a pagar R$ 45 mil e
Oliveira ao pagamento de R$ 6 mil. Os parlamentares recorrem da decisão em
liberdade.
Fonte: G1