(Foto: Patrocínio Online/Divulgação)
Jorge
Marra, assassino do candidato a vereador de Patrocínio Cássio Remis irá
a júri popular. A decisão assinada pelo juiz da Vara Criminal e da
Infância e da Juventude do município, Serlon Silva Santos, foi emitida durante
a fase de sentença de pronúncia, realizada na última terça-feira (20).
Remis foi morto
em setembro de 2020, após denunciar suposta obra irregular da Prefeitura. O
autor do crime está preso no Presídio de Patrocínio. Na época ele era
Secretário de Obras da cidade e é irmão do prefeito
reeleito, Deiró Marra.
O advogado da família Remis se
pronunciou sobre a decisão. O G1 também entrou em contato com a
família de Cássio e com a defesa de Jorge Marra.
Júri popular
Na decisão, Serlon Silva
Santos reconheceu as condições de materialidade e autoria de crime
doloso contra a vida de Cássio Remis, que é o suficiente para que Jorge
Marra seja julgado por um júri popular.
O acusado vai responder por
homicídio qualificado, por motivo torpe e uso de meio que impossibilitou a
defesa da vítima. Ele também vai responder pelo crime de porte ilegal de
arma de fogo
Segundo o Tribunal de Justiça
de Minas Gerais, a data do julgamento ainda não foi marcada, devido ao prazo
para apresentação de recurso por parte da defesa. A sessão do Tribunal do Júri
só será marcada após o trânsito em julgado da decisão.
De acordo com a Secretária de
Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Jorge Marra está preso no
Presídio de Patrocínio. Ele deve permanecer sob custódia até o julgamento.
O que dizem as partes
Ao G1, o advogado da
família Remis, Márcio Grossi, afirmou que vai encaminhar à Justiça pedido para
Jorge Marra continue preso. Ele também disse que vai atuar para que o júri
ocorra o mais rápido possível.
“Queremos que ocorra o mais
rápido possível, pois se trata de um crime bárbaro e desnecessário. O nosso
objetivo é que seja realizado ainda esse ano”, disse Grossi.
A reportagem entrou em contato
com o pai do candidato, Marcos Remis, que informou que encaminharia um posicionamento
da família, mas não retornou até a última atualização da matéria.
Fonte: G1