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Nesta semana, a vacinação contra Covid-19 deve começar em grandes países mundo afora, enquanto o Brasil patina entre politização do imunizante, atraso nas negociações e carência de logística para distribuição. A doença atingiu, de acordo com a universide Johns Hopkins, ao menos 67 milhões de pessoas no globo e ceifou quase 1,54 milhão de vidas.
O primeiro país a começar a vacinar a população foi a Rússia, com a Sputinik V, que começou a ser aplicada em grupos de risco no último sábado (5), mesmo antes de os testes de confiabilidade terem sido concluídos ou compartilhados com a comunidade científica.
Na dianteira, segue o Reino Unido, que deve iniciar a imunização de pessoas com mais de 65 anos e profissionais de saúde em duas doses a partir da próxima terça-feira (8) com a vacina da Pfizer/BioNTech.
Conforme as lideranças dos países, o imunizante será aplicado em duas doses intervaladas em 21 dias cada, gratuitamente para todos os cidadãos do Reino Unido.
A compra garantiria 40 milhões de doses para a população – o que é suficiente para imunizar todas as pessoas nas faixas de prioridade elencadas.
Nos Estados Unidos, país mais afetado pela Covid-19 no mundo, com mais de 14,7 milhões de casos confirmados e mais de 282 mil mortos, há duas esperanças para imunizar a população.
A primeira aposta é idêntica à do Reino Unido: a agência sanitária estadunidense, FDA, na sigla em inglês, deve disponibilizar doses produzidas pela Pfizer/BioNTech após a próxima quinta-feira (10), quando a aprovação será decidida.
Os norte-americanos também pretendem aprovar a vacina do laboratório Moderna. Com isso, cerca de 40 milhões de doses estariam disponíveis até o final deste ano.
No Brasil, o embate entre o governo federal – que escolheu a “vacina de Oxford”, produzida pela AstraZeneca – e o governo estadual de São Paulo, que aposta na CoronaVac, da chinesa SinoVac, deixa em suspenso um calendário robusto de vacinação.
Em ambos casos, porém, há possibilidade de produção nacional dos imunizantes, respectivaemente, a partir dos laboratórios da Fiocruz e do Instituto Butantã.
Ainda, há especulações sobre compras da vacina da Pfizer no Brasil, apesar de o Ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, ter afirmado, em sabatina no Congresso na semana passada, que as propostas das farmacêuticas são “pífias”.
A pasta que ele comanda, porém, apresentou um protótipo do que deve ser o calendário nacional de imunização na última segunda-feira (30). Conforme o governo, há previsão de que a imunização ocorra a partir de março, mas não existe pretensão, por ora, de vacinar toda a população até o final de 2021.
O Ministério da Saúde elencou grupos prioritários, assim como outros países, que devem receber a vacina primeiro: Idosos com 75 anos ou mais, profissionais de saúde e pessoas indígenas.
Fonte: O Tempo