(Foto: Internet)
Agosto foi escolhido para a conscientização sobre a violência contra a mulher e ampla divulgação dos direitos femininos, além de ser o mês em que a Lei Maria da Penha completa 14 anos de aprovação.
Por esse motivo, o Projeto Anônimas – Mulheres em Ação, de Guarda-Mor, abraçou a Campanha Agosto Lilás como forma de conscientizar a sociedade e promover os direitos femininos no município e região.
“Neste cenário de pandemia do novo coronavírus tivemos um aumento drástico da violência, principalmente contra as mulheres pobres e negras, que são as maiores vítimas de feminicídio”, alerta a servidora municipal Gislene Maria de Oliveira, uma das ativistas do projeto.
Segundo a ativista, isso ocorre porque a pobreza e a condição racial caminham juntas como fatores de vulnerabilidade das mulheres diante de qualquer tipo de violência, inclusive da violência doméstica.
Vítima de estupro aos 13 de anos de idade, Gislene tem seus próprios motivos para combater visceralmente a violência física, psicológica ou sexual contra as mulheres, sejam crianças, adolescentes, jovens ou adultas. Ela conta que, até superar o trauma, passou muitos anos em um estado crônico de ansiedade, depressão e problemas de relacionamento. “Infelizmente, no meu caso, ninguém foi preso. Ainda encontro às vezes os meus agressores”, lamenta.
Gislene lembra que qualquer pessoa pode auxiliar uma vítima de violência contra as mulheres, seja encorajando-a a denunciar ou, se necessário, acompanhando-a na busca pela rede de acolhimento. “A denúncia pode ser feita pelo Disque 180 e o nome do denunciante é mantido em sigilo”, esclarece a ativista do Projeto Anônimas.
PSICOLOGIA FEMININA
Parceira do Projeto Anônimas, a psicóloga e feminista Luciana Crepaldi é uma especialista em psicologia feminina e no tratamento de mulheres vítima de violência. Ela tem consultórios em Belo Horizonte e Vazante e oferece atendimento online, o que facilita o acesso às consultas e tratamento. Foto: Imagens abaixo)
Dra. Luciana é pós-graduada em Criminologia e mestranda em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência pela UFMG. Atuou como psicóloga no enfrentamento à violência na Delegacia de Mulheres em Belo Horizonte e coordenou políticas públicas do segmento. Foi presidente e vice-presidente por duas gestões do Conselho da Mulher de Belo Horizonte e uma das criadoras da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em Minas Gerais.
Com um trabalho reconhecido nesta área da psicologia, Dra. Luciana participou da implantação do Ambulatório de Práticas de Promoção de Saúde da Mulher em Situação de Violência e Vulnerabilidade do Hospital das Clínicas da UFMG, onde faz atendimentos virtuais a mulheres do projeto Para Elas, por elas, por eles e por nós, do mestrado da Escola de Medicina daquela universidade. ⠀
Fonte: VZ1