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A Rússia pode ser o primeiro país no mundo a distribuir, em massa, vacinas contra a Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. O antídoto deve começar a ser distribuído em agosto, conforme informação divulgada nesta segunda-feira (13) pela agência de notícias do governo do país.
O comunicado afirmou ainda que parte dos testes clínicos necessários para comprovar a eficácia da imunização foram encerrados hoje.
"A pesquisa foi concluída e provou que a vacina é segura", disse Yelena Smolyarchuk, chefe do centro de pesquisas clínicas da Universidade Sechenov, à agência de notícias estatal TASS.
A vacina foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa para Epidemiologia e Microbiologia Gamalei, e a expectativa é de que ela esteja disponível para a população entre 12 e 24 de agosto, conforme afirmou o diretor da instituição, Alexander Gintsburg.
A Rússia está à frente no processo porque seus testes clínicos começaram em junho, quando a Universidade Sechenov reuniu 38 voluntários remunerados, com idades entre 18 e 65 anos, para a pesquisa. Apesar de eles serem monitorados por seis meses, alguns receberão alta nesta quarta-feira (15), após 28 dias de isolamento, cuja intenção foi protegê-los de outras eventuais infecções.
O Ministério da Saúde russo ainda realizará testes bioquímicos da vacina, mas espera finalizar o processo até setembro, mesmo mês para o qual Gintsburg prevê o início da produção em massa por laboratórios privados.
Para reforçar o estudo, o exército do país também vem testando a vacina desde junho e os trabalhos devem seguir por mais dois meses. Com mais de 730.000 infectados e outros 11.000 mortos, a Rússia é um dos países mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus.
Por O Tempo