(Foto: Google Maps)
Bares e restaurantes de Belo Horizonte completam nesta semana 90 dias de fechamento em razão da pandemia do novo coronavírus. O setor amarga perdas, acumula milhares de demissões e pede socorro para sobreviver. Nesta semana, representantes do setor da capital devem se reunir com a Prefeitura de Belo Horizonte para debater a situação.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), Paulo Solmucci, um de cada cinco estabelecimentos fechados não conseguirá reabrir. “Somente em Minas, gerávamos mais de 800 mil empregos. Destes, 150 mil já foram perdidos. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte dos 135 mil empregos que gerávamos 45 (mil) já não mais existem”, disse Solmucci.
A falta de perspectiva de quando ocorrerá a reabertura gradual está entre as principais reclamações dos empresários. Dona do Chico Dedê, na região Centro-Sul de BH, Viviana Volponi diz que a receita com delivery é insuficiente para manter o negócio. “Angústia, porque os dias foram passando, passando e nada de voltar. Tive labirintite , tive bursite no ombro, tive crise, já chorei, já gritei, já fiquei trancada dentro de casa sem querer sair. Tudo de fundo emocional”, diz a empresária.
O garçom Daniel Boner diz que é só Deus para o vai ocorrer no futuro de quem trabalha no setor.
Já o empresário Marcelo de Lima Rodrigues fechou um dos seus dois bares. “Infelizmente, tive que fechar uma de nossas lojas, na avenida Prudente de Morais, que já atuava há 10 anos, aproximadamente. Infelizmente, a pandemia veio para ficar. Com isso, tive que desligar seis colaboradores”, diz. “Essa incerteza de quando será a possibilidade de abrirmos o nosso negócio nos deixa em um situação muito complicada. Não sabemos como será o retorno e isso nos aflige muito”.
Por João Felipe Lolli