Segundo o tenente Makson, que comandou os trabalhos da Polícia Militar, os três jovens tiveram algumas contradições, mas confessaram o crime que não teve qualquer relação com a atividade de motorista de aplicativo. Os jovens contaram que estavam em uma escadaria no bairro Céu Azul quando receberam uma mensagem de Lucas informando que estava chegando de Belo Horizonte com algumas prostituas e que era para eles levarem drogas.

Não havia prostituta nenhuma, mas havia drogas e os três jovens entraram no carro e chamaram Lucas para irem até a casa do primo de um deles nas Chácaras Pôr do Sol. Foi lá que o motorista foi assassinado. Quem desferiu os golpes de faca foi um jovem identificado como " China". Ele é servente de pedreiro e foi preso no serviço.

Segundo o tenente Makson, o jovem já estava planejando matar Lucas por causa de uma dívida de R$ 2 mil, mas não queria cometer o crime sem antes receber dele. Nesta noite, China viu a possibilidade de roubar a droga que Lucas teria trazido de Belo Horizonte e ainda se vingar. O jovem que aparece de bermuda vermelha diz que tentou evitar o assassinato e pôs a mão na frente, onde foi ferido.

Após o assassinato, os três jovens colocaram o corpo de Lucas no porta-malas do carro e levaram o jovem que sofreu um corte na mão até a UPA para receber atendimento. Depois disso, eles passaram a arquitetar o que fariam com o corpo. Chegaram a comprar gasolina para queimar o motorista, mas desistiram. Eles acharam melhor jogar o corpo no meio do mato, onde foi localizado.

Os três jovens vão responder por latrocínio, por terem roubado também os pertences de Lucas como relógio, dinheiro e correntes e por ocultação de cadáver. Os outros quatro conduzidos, sendo um jovem de 18 anos, um adolescente de 17 anos, uma garota de 14 anos e outra de 17 anos poderão responder pela co-autoria tendo em vista que sabiam do crime. Um dos adolescentes conduzido é primo de Lucas.