Integrada a esforços globais, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) trabalha em duas frentes na tentativa de proporcionar uma vacina contra a Covid-19, pandemia que já resultou na morte de mais de 23.400 pessoas no Brasil.
Em entrevista exclusiva à CNN, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, afirmou que a fundação trabalha para desenvolver uma vacina própria contra a doença do novo coronavírus, mas também se integra a um painel internacional que reúne esforços diversos ao redor do mundo.
Segundo a gestora, a Fiocruz trabalha com um prazo de 18 meses, mas se prepara a destinar seu parque de distribuição para a produção de doses de outro projeto que esteja mais avançado. "Estamos acompanhando esses esforços para também desenvolver parcerias com aquela vacina que tiver em condição de mais rapidamente, com segurança, dar uma resposta à Covid-19", afirmou Nísia.
A presidente da Fiocruz argumenta que a Assembleia Mundial da Saúde definiu que vacinas contra a doença do coronavírus devem ser consideradas um bem público e, portanto, quem alcançar um resultado bem sucedido deve permitir a reprodução em outros laboratórios.
A Fundação Oswaldo Cruz, que completou 120 anos nesta segunda-feira, é uma entidade ligada ao Ministério da Saúde e possui laboratórios, de acordo com a sua presidente, capazes de se somar ao esforço de produção.
A respeito do panorama da pandemia no Brasil, a especialista argumentou que ainda não é possível prever o momento para o pico da Covid-19 no país. Nísia Trindade afirmou que isso dependerá da continuidade das medidas de distanciamento social, com "até mesmo um reforço".
A presidente da Fiocruz afirmou que a preocupação grande a partir de agora deve ser conter a interiorização da doença e preparar o sistema de saúde para o atendimento dos casos da doença. Ela pede "ações coordenadas e fortes" entre os gestores públicos.
Fonte: CNN Brasil