(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
A mineradora Samarco foi autorizada na tarde desta sexta-feira a voltar a operar em Mariana, na região Central de Minas, onde a barragem da Mina Germano, da empresa, se rompeu, matou 18 pessoas e poluiu o Rio Doce em novembro de 2015. A decisão é da Câmara de Atividades Minerárias, do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
Foram dez votos favoráveis, um contrário e houve uma abstenção ao parecer da Superintendência de Projetos Prioritários, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Segundo a Vale, que junto à BHP Billiton é dona da Samarco, a expectativa é retomar as atividades usando novas tecnologias para o empilhamento de rejeitos a seco. Assim, a extração de minério de ferro em Germano e a pelotização no Complexo Ubu, no Espírito Santo, só voltarão a ocorrer após a implantação de um sistema de filtragem, com expectativa de conclusão em aproximadamente 12 meses. "Nesse período, a Samarco continuará as atividades de preparação para volta das operações, que inclui a manutenção de equipamentos", informa a Vale. Assim, a Samarco estima a retomada total das suas atividades para o final de 2020.
Com o processo de filtragem, a Samarco espera poder drenar a parte arenosa do rejeito, que representa 80% do volume total, e assim fazer o empilhamento de forma segura. Os 20% restantes serão depositados na cava Alegria Sul, uma estrutura confinada, o que, segundo a Vale, aumenta a segurança. As obras de preparação em Alegria Sul foram concluídas neste mês.
A Vale ressalta que a Samarco ajustou suas premissas de destinação de rejeitos às mudanças na regulamentação. Isso inclui redução nas capacidades da cava Alegria Sul e de armazenagem de rejeitos em Germano, que será descomissionada.
Por Itatiaia/ Agência Brasil