Novas mortes causadas por meningite, no interior de Minas Gerais, voltaram a alertar a população e preocupar autoridades de saúde, nesta semana. Nos últimos dias foram confirmados dois óbitos pela doença em Montes Claros, no Norte de Minas, e em Muriaé, na Zona da Mata Mineira.
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, atualizados nesta quinta-feira (22), em 2019, são 477 casos de meningites confirmados e, até o momento, 57 mortes registradas. A capital mineira é a cidade do estado com maior número de óbitos causados pela meningite, 13 somente neste ano.
“A meningite é uma doença grave que pode até matar. E no caso da meningite bacteriana, pode matar em um curto espaço de tempo. Na maioria das vezes nem dá tempo de iniciar o tratamento. A meningite é uma infecção que acomete uma membrana que reveste nosso cérebro. Pode ser causada por bactérias, fungos, vírus ou até por produtos químicos. Dependendo da causa, as meningites têm características diferentes. Normalmente as meningites virais são mais brandas e as bacterianas são as mais graves”, explica o infectologista Carlos Starling.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), no mundo, nos últimos 20 anos, foram reportados quase 1 milhão de casos com suspeita de meningite e 100 mil pessoas morreram. No Brasil, cerca de 2,5 mil pessoas são atingidas pela meningite por ano, segundo dados do Ministério da Saúde.
Prevenção
A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenção da doença. Carlos Starling detalha que várias meningites são evitáveis. Existem vacinas para vários tipos da doença e são vacinas eficientes. No SUS, estão disponíveis as vacinas BCG, a tríplice viral, a vacina contra catapora a vacina pentavalente, a vacina meningocócica C conjugada e vacinas pneumocócicas conjugadas 10-valente.
Por Jacqueline Moura/Itatiaia