O Movimento dos Atingidos por
Barragem (MAB) denuncia que a estrutura da Vale que rompeu em Brumadinho, na
Região Metropolitana de Belo Horizonte, estava em obras. Em dezembro do ano
passado, a mineradora conseguiu licença para esvaziar a barragem, que estava
sem depósito desde 2015.
A Itatiaia recebeu
denúncia, também, de que explosivos eram usados no complexo da mina do
Córrego do Feijão, qual a barragem faz parte, e que as detonações eram de 12h
às 13h, período em que a estrutura rompeu.
Membro do MAB, Juceli Andreoli,
conta que o movimento levantou a informação de que eram realizadas obras
de reparação na barragem. “Inclusive porque um dreno não estava funcionando. Dá
para ver na imagem o dreno, bem no local onde sai a primeira bolha”, relata.
Ele diz que a mineradora sabia
do risco, o escondeu da população e expôs as pessoas ao perigo. “Na medida em
que a empresa tinha as informações, tinha que ter prevenido e iria evitar as
mortes”, critica.
Andreoli ainda afirma que
lideranças do movimento foram ameaçados com arma de fogo.
A Polícia Civil investiga se a
barragem passava por intervenção, além das responsabilidades de quem assinou
a planta do complexo e permitiu que a administração e o refeitório ficasse
abaixo da barragem.
A Vale nega todas as acusações
e afirma que aguardava o período chuvoso passar para esvaziar a
barragem. A mineradora não respondeu sobre o uso de explosivos.
Fonte: Rádio Itatiaia