(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Em um discurso com vários acenos à base de eleitores que ajudou
a elegê-lo e sem tocar no tema de união nacional, o presidente Jair Bolsonaro
disse que vai atender aos pedidos de mudança revelados pelas urnas e que
trabalhar para colocar o Brasil no "lugar de destaque que ele merece no mundo".
Do
Parlatório, após receber a faixa presidencial do ex-presidente Michel Temer, o
38º presidente da República prometeu que vai lutar contra o modelo de governo
de "conchavos e acertos políticos" e libertar a Nação "da
inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto".
Diante
da ovação do público presente que o saudava a gritos de "mito",
Bolsonaro, que chegou a fazer uma pausa e abanar uma Bandeira do Brasil, falou
em acabar com a ideologia que, em sua visão, "defende bandidos e criminaliza
policiais", divide os brasileiros, é ensinada nas escolas e passou a guiar
as relações internacionais.
"Me
coloco diante da Nação no dia em que o povo começou a se libertar do
socialismo", disse o presidente. "Guiados pela Constituição, com a
ajuda de Deus, a mudança será possível", disse o eleito, citando o baixo
orçamento de sua campanha eleitoral como uma prova de que as mudanças já
começaram a ocorrer.
Sobre
economia, Bolsonaro disse que seu governo vai enfrentar os efeitos da crise
mundial, que vai propor e implementar as reformas "necessárias" e que
vai priorizar a educação básica, a exemplo de outras nações ricas.
Em
um último aceno a sua base eleitoral, Bolsonaro, que novamente citou o ataque
sofrido durante a corrida eleitoral e a providência divina que o teria salvado,
voltou a usar um slogan de campanha. "Nossa bandeira jamais será vermelha.
Só será se for preciso nosso sangue para mantê-la verde e amarela", disse.
Por Agência Brasil