(Foto: Agêcia Brasil)
O presidente Michel Temer (MDB) é cotado para assumir a embaixada do
Brasil na Itália a partir de janeiro, quando termina o seu mandato. A
nomeação teria de ser feita pelo presidente eleito Jair Boslonaro (PSL),
que fez do combate à corrupção uma de suas bandeiras de campanha. As
informações sobre a possibilidade de Temer se tornar embaixador foram
publicadas pelo Jornal Correio Brasiliense.
“Fontes do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações
Exteriores (MRE) disseram ao Correio que Temer é um forte candidato para
assumir a embaixada em Roma, embora o Itamaraty, procurado pelo jornal,
não se pronuncie oficialmente sobre o assunto”, diz trecho da
reportagem, ressaltando que a nomeação manteria o foro privilegiado de
Temer.
Michel Temer foi o primeiro presidente da República denunciado por
crime comum. Foram duas denúncias em 2017: uma por corrupção passiva e
outra pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
As denúncias só não foram investigadas porque a maioria do Congresso
Nacional derrubou. No entanto, ao término do mandato terá que responder
pelos crimes.
Em outubro deste ano, Michel Temer foi indiciado pela Polícia Federal
(PF) pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização
criminosa. O relatório foi enviado ao Supremo Tribunal Federal e o
ministro Luís Roberto Barroso manteve o indiciamento.
Entre outros pontos, a PF afirma ter identificado repasses de R$ 5,6
milhões para Temer entre 2000 e 2014, além de repasses de R$ 17 milhões
em propina ao MDB.
Encontro
Bolsonaro e Temer se encontraram pela primeira após a eleição na
última quarta-feira (7). Após a reunião, que tratou da transição,
Bolsonaro disse que “muita coisa” da gestão Michel Temer será mantida,
sem citar detalhes. Ele afirmou que “não se pode furtar” do conhecimento
de quem passou pela Presidência da República. Bolsonaro agradeceu o
encontro e disse que conta com a experiência de Temer para ajudá-lo.
"Se preciso for, a partir do ano que vem, voltaremos a pedir agenda,
porque tem muita coisa que continuará. O Brasil não pode se furtar do
conhecimento daqueles que passaram pela Presidência. Isso será útil a
todos nós", concluiu o presidente eleito.
Por Rádio Itatiaia