O Senado aprovou nesta quarta-feira (7), por 41 votos a 16, projeto que
aumenta em 16% os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF). A proposta segue agora para a sanção do presidente Michel Temer.
Com o reajuste, os subsídios dos magistrados passarão de R$ 33,7 mil
para R$ 39,2 mil. O aumento passará a valer a partir da sanção
presidencial. É prerrogativa do presidente da República vetar a
proposta, se assim desejar.
Os senadores também aprovaram um segundo projeto que também reajusta em
16% o salário do procurador-geral da República - os vencimentos também
passarão para R$ 39,2 mil.
O aumento nos salários dos ministros gera um efeito-cascata nas contas,
porque representa o teto do funcionalismo público. Caso o limite seja
alargado, aumenta também o número de servidores que poderão receber um
valor maior de gratificações e verbas extras que hoje ultrapassam o
teto.
A proposta de reajuste foi encaminhada ao Congresso em 2015 pelo então
presidente do STF, Ricardo Lewandowski. Um ano depois, a Câmara aprovou o reajuste,
mas o aumento ainda não havia sido analisado pelos senadores. O texto
estava parado desde 2016 no Senado e foi incluído na pauta da Casa nesta
terça-feira (6).
Segundo cálculos de consultorias da Câmara e do Senado, o reajuste poderá causar um impacto de R$ 4 bilhões nas contas públicas, considerando o Executivo, Legislativo, Ministério Público e também os estados da federação
Nesta quarta, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que este não era o “momento” de se ampliar despesas. Ele também declarou ver o aumento de gastos “com preocupação”.
Por G1/Tv Globo