Um grupo econômico investigado por fraudes fiscais e crimes financeiros em Minas Gerais foi alvo de uma megaoperação na manhã de terça-feira (29). A operação, chamada Sistema Paralelo, foi conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com apoio da Secretaria de Estado de Fazenda, da Polícia Civil e da Polícia Militar. O grupo é acusado de causar prejuízo de mais de R$ 14 milhões aos cofres públicos por meio da sonegação de ICMS, além de atuar ilegalmente no comércio de celulares e na concessão de empréstimos com indícios de usura, estelionato e lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva em diversas cidades, como Curvelo, Belo Horizonte, João Pinheiro e outras. Um dos principais alvos foi a loja VG Imports, localizada em João Pinheiro, onde foram apreendidos celulares e equipamentos financeiros. Segundo as investigações, o grupo usava empresas de fachada em nome de laranjas, vendia sem nota fiscal e mantinha operações financeiras não registradas. Também há indícios de cobrança de juros abusivos sobre empréstimos informais, principalmente contra pessoas vulneráveis.
Na véspera da operação, a empresária Laís Gonzaga Diniz, apontada como uma das líderes do esquema, foi presa em Curvelo. Um iPhone 14 Pro foi apreendido em sua casa. Victor Gonzaga, também investigado, foi preso no aeroporto de Confins pela Polícia Federal. Durante a operação, foram encontrados carros de luxo, armas, munições, criptomoedas, documentos e computadores. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 36,4 milhões em bens para garantir possível ressarcimento ao erário. A investigação continua, e novas prisões e bloqueios judiciais não estão descartados. A defesa dos acusados ainda não se pronunciou.
Fonte: JP Agora