Brasil
Publicada em 13/09/24 às 14:54h
Polícia Civil investiga incêndio que devastou 2 mil hectares em João Pinheiro; suspeita é de crime ambiental

Boa Nova FM

 (Foto: JP AGORA)






Fogo atingiu bioma cerrado e área de eucalipto; suspeita é que tenha sido provocado para preparar terreno para atividades agropecuárias

Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está investigando um incêndio que destruiu cerca de 2 mil hectares de vegetação na zona rural de João Pinheiro, no Noroeste do estado. A área devastada, equivalente a aproximadamente três mil campos de futebol, inclui uma área de proteção ambiental e uma floresta de eucalipto. O incêndio também atingiu o bioma cerrado e um curso d’água da bacia hidrográfica do Rio São Francisco.

De acordo com o Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), a suspeita é de que o incêndio tenha sido criminoso, iniciado com o objetivo de limpar e preparar o terreno para atividades agropecuárias. No entanto, devido à estiagem extrema, as chamas se espalharam rapidamente, destruindo a mata e a plantação por mais de 24 horas até serem controladas.

Testemunhas ouvidas pela PCMG confirmaram que os administradores de uma propriedade rural próxima frequentemente ateavam fogo ao terreno no final da tarde para realizar a limpeza. Desta vez, porém, o fogo saiu do controle.

Cerca de 30 pessoas, incluindo trabalhadores com máquinas, tratores e caminhões, além de uma aeronave, foram mobilizadas para controlar o incêndio.

Investigação avança com uso de novas tecnologias

Imagens de satélite estão sendo utilizadas pelos investigadores para medir a extensão dos danos e identificar o ponto de origem do incêndio. A perícia foi acionada para comprovar o crime ambiental.

Segundo a delegada Bianca Landau Braile, chefe do Dema, novas tecnologias, como o monitoramento por satélite, estão sendo empregadas para localizar os focos de incêndio com mais precisão e agilidade.

Caso sejam identificados, os responsáveis poderão responder pelo artigo 41 da Lei 9605/98, que trata de crimes ambientais, com penas de até quatro anos de prisão.

Nikolas Pimentel/JP Agora




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