Brasil
Publicada em 11/06/24 às 19:09h
Por sonegação de R$ 80 milhões, cinco pessoas são denunciadas pelo MP em MG; quatro já estão presos

Boa Nova FM

 (Foto: PM/Divulgação)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu uma denúncia contra cinco pessoas envolvidas em um esquema de sonegação de impostos no comércio de carnes e subprodutos do abate de gado no Triângulo Mineiro. Quatro delas estão presas preventivamente desde a operação “Castelo de Vento”, realizada em 8 de maio.

A denúncia aponta que os cinco suspeitos integravam uma organização criminosa voltada à prática de crimes de falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de bens e valores.

Segundo o MPMG, eles movimentaram mais de R$ 1 bilhão ao longo dos anos, com prejuízos estimados em mais de R$ 80 milhões aos cofres públicos mineiros.

A denúncia

Segundo a denúncia, o grupo é composto pelos cinco alvos atuais e por diversas outras pessoas, contabilistas, empresários e pessoas jurídicas beneficiadas com o esquema criminoso. O esquema envolve a prática de centenas de crimes ao longo de mais de cinco anos, motivo pelo qual foi necessário o desmembramento das investigações.

Nesta fase, foram denunciados apenas os líderes dos dois núcleos da organização criminosa, bem como os principais agentes fraudadores.

O MPMG ainda pede que, após a condenação, seja decretada a suspensão dos direitos políticos dos denunciados, bem como que eles sejam obrigados a reparar os danos causados e a pagar os danos morais coletivos.

A denúncia foi oferecida pela 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Uberaba, com apoio da Coordenadoria Regional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária de Uberaba (Caoet) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado de Uberaba (Gaeco).

O Gaeco também apreendeu armas e munições durante a operação Castelo de Vento 08-05-2024 — Foto: PM/Divulgação

Esquema

Durante a Operação "Castelo de Vento" foi apurado que a organização criminosa utilizava dezenas de empresas para a emissão de notas fiscais ideologicamente falsas.

As notas frias simulavam operações comerciais e acobertavam a aquisição de gado de origem clandestina, beneficiando frigoríficos e acobertando operações comerciais praticadas por terceiros, deslocando a responsabilidade tributária a empresas de fachada.

Além disso, a suspeita é que as empresas de fachada foram utilizadas para movimentar mais de R$ 1 bilhão ao longo de cinco anos.

Fonte: G1




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