(Foto: PM/Divulgação)
O Ministério Público de
Minas Gerais (MPMG) ofereceu uma denúncia contra cinco pessoas envolvidas em um
esquema de sonegação de impostos no comércio de carnes e subprodutos do abate
de gado no Triângulo Mineiro. Quatro delas estão presas preventivamente desde
a operação
“Castelo de Vento”, realizada em 8 de maio.
A denúncia aponta que os
cinco suspeitos integravam uma organização criminosa voltada à prática de
crimes de falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de bens e valores.
Segundo o MPMG, eles
movimentaram mais de R$ 1 bilhão ao longo dos anos, com prejuízos estimados em
mais de R$ 80 milhões aos cofres públicos mineiros.
A denúncia
Segundo a denúncia, o grupo
é composto pelos cinco alvos atuais e por diversas outras pessoas,
contabilistas, empresários e pessoas jurídicas beneficiadas com o esquema
criminoso. O esquema envolve a prática de centenas de crimes ao longo de mais
de cinco anos, motivo pelo qual foi necessário o desmembramento das
investigações.
Nesta fase, foram
denunciados apenas os líderes dos dois núcleos da organização criminosa, bem
como os principais agentes fraudadores.
O MPMG ainda pede que, após
a condenação, seja decretada a suspensão dos direitos políticos dos
denunciados, bem como que eles sejam obrigados a reparar os danos causados e a
pagar os danos morais coletivos.
A denúncia foi oferecida
pela 8ª Promotoria de Justiça da Comarca de Uberaba,
com apoio da Coordenadoria Regional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária
de Uberaba (Caoet) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado de Uberaba (Gaeco).
Esquema
Durante a Operação
"Castelo de Vento" foi apurado que a organização criminosa utilizava
dezenas de empresas para a emissão de notas fiscais ideologicamente falsas.
As notas frias simulavam
operações comerciais e acobertavam a aquisição de gado de origem clandestina,
beneficiando frigoríficos e acobertando operações comerciais praticadas por
terceiros, deslocando a responsabilidade tributária a empresas de fachada.
Além disso, a suspeita é que
as empresas de fachada foram utilizadas para movimentar mais de R$ 1 bilhão ao
longo de cinco anos.
Fonte: G1