(Foto: Ilustrativa)
Na última quarta-feira (13),
o Projeto de Lei 4516/2023, de autoria do deputado Arnaldo Jardim
(Cidadania-SP), foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora segue para análise
no Senado Federal.
A proposta, que tem gerado
debates intensos, propõe alterações significativas nos teores de etanol na
gasolina e biodiesel no diesel até o ano de 2030.
Impactos
nos motores
A aprovação do projeto
levantou preocupações quanto aos possíveis efeitos nos motores e nas emissões
dos veículos. Especialistas alertam que, embora os carros flex estejam
projetados para qualquer mistura de gasolina e etanol, os veículos movidos
exclusivamente a gasolina, especialmente os mais antigos ou importados, podem
enfrentar desafios.
Rogério Gonçalves, diretor
de combustíveis da Associação Brasileira Engenharia Automotiva (AEA), destaca
que o aumento do teor de etanol na gasolina pode resultar em um aumento no
consumo desses veículos. Além disso, motores mais sensíveis às mudanças podem
necessitar de novas calibrações e ajustes para garantir o funcionamento
adequado.
Gasolina
premium seria alternativa
Gonçalves também ressalta a
importância de considerar não apenas as emissões de CO₂, mas também as emissões
locais, como monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio (NOx) e
hidrocarbonetos. Nesse contexto, a utilização de gasolina premium, com maior
octanagem e menor teor de etanol, pode ser uma alternativa viável para os
veículos mais sensíveis às mudanças.
Novos
percentuais de etanol e biodiesel
Atualmente, a gasolina comum
conta com um percentual de etanol anidro de 27,5%, sendo que o mínimo exigido é
de 18%. Com o PL aprovado, os valores previstos mudam, estabelecendo um mínimo
de 22% e um teto de 35% para a adição de etanol na gasolina.
Já no óleo diesel, o
biodiesel adicionado é de 14%, podendo aumentar até o limite de 20% até março
de 2030
Fonte: O Tempo