Cardiologista do Hospital do Coração em Campo Grande, onde João Carreiro passou pela cirurgia para colocada de válvula no coração, o médico Jandir Gomes prestou esclarecimentos sobre a morte do sertanejo. Em coletiva de imprensa, o especialista disse que o coração do cantor “já não era normal”.
Conforme o especialista, a cirurgia de João Carreiro demorou cerca de 12 horas e a morte foi uma fatalidade. “Foi uma fatalidade, infelizmente o João entrou para estatística de cerca de 3% de pacientes que morrem em cirurgias cardíacas”, relatou o doutor.
João Carreiro tinha uma condição cardíaca chamada de prolapso da válvula mitral, popularmente conhecida como sopro. De acordo com Jandir, o anel da válvula mitral do artista estava calcificado e seu prolapso estava com uma degeneração, provavelmente, há muitos anos.
Ainda assim, segundo o médico, a morte de João Carreiro foi ocasionada por mais de uma causa.
“A maior parte dos casos de prolapso nas pessoas é assintomático. Prolapso é um afrouxamento da válvula (do coração), que até 10% da população têm e precisa tratar. No caso do João, pode ter sido um problema desde a infância, que foi evoluindo ao longo da vida. Ele tinha um prolapso, que é uma doença estrutural no coração. O coração dele já não era normal, o órgão já tinha uma dilatação fora do comum”, explicou Jandir Gomes.
Segundo o cardiologista, o sertanejo teve febre reumática durante a cirurgia, febre esta que afeta a válvula do coração. Depois das 12 horas na mesa de operação, o coração do cantor teve uma falência e não conseguiu retomar os batimentos. João Carreiro faleceu na noite de quarta-feira (3), aos 41 anos.
Fonte: Mídia Mais