(Foto: Boa Nova FM)
Uma ação extrajudicial foi protocolada pela
Prefeitura de Paracatu, no Noroeste de Minas, a fim de cobrar da Companhia de
Saneamento de Minas Gerais (Copasa) a adoção de medidas emergenciais para
evitar uma nova crise hídrica no município. No ano passado, a falta de água
deixou a população em alerta durante o período de estiagem.
A Copasa foi procurada e por meio de nota informou
que ainda está avaliando a notificação extrajudicial e que irá protocolar uma
resposta dentro do prazo estabelecido. A companhia reforçou que vem adotando
ações emergenciais desde 2017.
O G1 entrou em
contato com o Município para ter acesso ao documento com todas as ações
descritas, contudo não conseguiu contato com a assessoria de comunicação até a
publicação do texto.
Segundo as informações do Município, o documento
foi entregue pelo prefeito Olavo Condé na sede da empresa, em Belo Horizonte,
na última semana. O material também foi entregue à Promotoria de Justiça de
Paracatu.
Na ação, a Prefeitura pontua que a empresa não está
cumprindo o cronograma de ações previstas no contrato assinado em 2009. Também
consta as principais medidas que a Copasa deverá tomar em um prazo de 30 dias
para apresentar um cronograma dos trabalhos a serem executados. Em caso de
descumprimento, poderá ser instaurado um processo administrativo por
inadimplência contratual para posterior rescisão do contrato.
Crise hídrica
Os moradores de Paracatu viveram, no segundo
semestre de 2017, uma crise hídrica que durou cerca de dois meses
devido à falta de chuva e a consequente baixa vazão do Ribeirão Santa Izabel. A Copasa é
responsável pelo sistema de abastecimento do município há quase 40 anos e
disse, na ocasião, que o rio estava "zerado" e diversas medidas são
tomadas para que a população não ficasse sem água.